Guarda, 22 de Novembro 2013
ANTIBIÓTICO NATURAL
(alho)
ALHO (allium
sativum)
Família: Lileáceas.
Parte usada: O
bolbo e os dentes são usados para remédios e na alimentação.
Colheita: A
planta é originária da Ásia, mas cresce actualmente por todo o mundo. O bolbo é
colhido no início do Outono, quando as folhas começam a cair (embora isso
dependa das diversas regiões do mundo).
Acção: antibacteriana,
antiviral, anti-séptica, antiparasitária, anti protozoária, antifúngica, antiespasmódica,
coagulante, diaforética, estimulação da imunidade, contra a hipotensão.
Activo contra: Tuberculose,
shigella dysenteriae, estafilococos dourados, pseudomonas aeruginosa, cândida
albicans, escherichia coli, estreptococos, salmonela,
campylobacter,
proteus mirabilis, herpes simples, influenza B, SIDA e muitas outras situações.
Combate tanto bactérias gram-positivas como gram-negativas.
O alho, planta bastante conhecida no universo culinário,
parece ter tido a sua origem nos planaltos ocidentais da Ásia central. É usado
como medicamento há aproximadamente 500 anos. É a planta mais poderosa para o
tratamento de doenças resistentes a antibióticos (seguida do extracto de
semente de toranja). Nenhuma outra alcança o seu largo espectro de acção, a sua
actividade antibiótica e, a sua capacidade de potencialização da imunidade.
Quando o bolbo é partido ou esmagado, o alho produz um
composto designado por alicina. A alicina é, um aminoácido inodoro que
contém enxofre, entra em contacto com uma enzima, a anilase, e produz a conversão em alicina, que é o componente
primário responsável pelo forte odor do alho. A alicina, o bissulfito de
dialilo, o trissulvito de dialilo, o ajoeno (combinação da alicina com
bissulfito de dialilo) e vários componentes adicionais do alho revelaram
actividade antibiótica. Compostos produzidos com o dente de alho integral ou
com as suas componentes individuais, revelaram consistentemente um vasto e
eficaz espectro de alcance antibiótico contra bactérias gram-positivas e gram-negativas
e contra a maior parte das principais bactérias infecciosas. O sumo de alho, diluído
numa tão pequena percentagem como seja 1 parte para 125.000 de água, provou ser
inibidor do crescimento das bactérias. Estudos clínicos, como o prosseguido em
1984 por Singh e shukla, demonstraram
repetidamente a acção do alho no combate a espécies de bactérias altamente
resistentes a antibióticos. Ao
contrário de muitas outras plantas, o alho revela-se directamente eficaz contra
os vírus. O alho, é talvez, a planta mais extensivamente testada no mundo;
experiências in vitro, e em
seres humanos in vivo revelaram a sua poderosa eficácia contra agentes
infecciosos bacterianos e virais.
Para estimular as
funções imunizantes e para baixar a tensão arterial e os valores do colesterol,
o alho poderá ser ingerido cru, cozido ou em capsulas. Para tratar infecções
provocadas por bactérias activas, deverá ser consumido cru e na sua forma
integral ou em sumo.
O alho cru ou o
seu sumo eliminam as infecções bacterianas da região, intestinal assim que
entram em contacto directo com os organismos em causa. Quando usado como
lavagem, o sumo do alho (ou até um dente de alho inserido na vagina) eliminará
a infecção bacteriana. Quando usado em gotas para o nariz, o alho cobre a superfície
dos canais nasais, aí destruindo as infecções. Quando usado em situações de pé
de atleta ou em infecções da superfície da pele a sua acção revela-se rápida e
muito eficaz.
Preparação e dosagem
Pode ser ingerido
fresco (os dentes ou em sumo), em capsulas, como tintura ou nos alimentos.
Dentes de alho frescos: Coma 1 dente de alho até 3 vezes ao dia,
como preventivo. O alho pode ser picado e misturado com mel, devido ao seu
sabor e para reduzir eventuais náuseas. Em situações de doenças agudas, já têm
sido reconhecidamente usado por alguns clínicos, de 3 a 6 cabeças de alho por
dia (estes, aconselham que a melhor solução será reduzir o alho a sumo,
posteriormente misturado com sumo de cenoura ou de tomate. Atenção: ver efeitos secundários e contra-indicações).
Sumo fresco: Reduza os dentes a sumo, como usualmente
costuma fazer para qualquer outro sumo; tome de 0,25 a 1 colher de chá (1 a 5
ml), conforme necessário.
Cápsulas: 3 capsulas 3 vezes por dia, como
preventivo. Durante episódios agudos: até 30 cápsulas por dia.
Tintura: 1 parte de dentes de alho por cada 2 de álcool a 95%; 40 gotas até 6
vezes ao dia.
Alimentos: Muito em tudo. Aumente durante episódios
agudos.
Efeitos secundários e contra-indicações
Náuseas e vómitos.
Muitos médicos consideram que o alho é muito eficaz como antibiótico quando
usado fresco, tanto na sua forma integral como em sumo. Infelizmente, o alho é
excepcionalmente penetrante e acre, independentemente da qualidade e da forma
em que é consumido. Os consumos excessivos deverão ser evitados. Apesar de um
bolbo inteiro produzir pouco sumo, É excepcionalmente potente e, de facto,
ainda que em pequenas quantidades, resulta num forte emético. A melhor solução
será começar com 0,25 ml uma colher de chá (1 ml) num copo cheio de qualquer
coisa, como seja sumo de tomate ou de cenoura, aumentando progressivamente as
quantidades. O sumo de um bolbo de alho, combinado com 710 ml de sumo de
cenoura, provoca pelo menos em mim, um vómito imediato. A partir deste início
bastante desagradável, descobri que doses frequentes, de 0,25 a 1 colher de chá
(1 a 5 ml), em 473 ml de um suporte (o sumo de tomate é bastante bom), tomadas
de hora a hora, são uma boa maneira de introduzir uma quantidade adequada de
alho no organismo. É preciso ter cuidado; as quantidades usadas devem ser
pequenas e só aumentadas se o corpo não revelar sinais de reacções adversas.
Não morre se tomar em demasia, mas vai desejar fazê-lo. Quando por fim vomitar,
será com excepcional vigor.
O alho não é aconselhável
a mães em período de aleitamento, na medida em que afecta o gosto do leite e
pode interferir coma amamentação. É excretado pelos pulmões; isto, pode irritar
os seres amados e também os estranhos.
Até ao próximo artigo
Fonte: Stephen Harrod Buhner
José Cariano
Geobiologo
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