Guarda,
4 de Janeiro de 2014
EQUINACEA
(Equinácea angustifólia e E. purpurea)
Familia:
Compositas
Parte
usada: flor ou raíz
Colheita:
Para a Equinácea angustifólia: a raiz é colhida tanto na Primavera como no
Outono. Para a Equinácea purpúrea: a flor é colhida depois das sementes
amadurecerem no cone, mas, enquanto as pétalas das flores estiverem ainda
presentes. Também se pode usar a raiz.
Acção:
Estimulante da imunidade, anti-inflamatória, anti bacteriana, regularização
celular.
Activa
contra: Estafilococos dourados, estreptococos, mycobacterium (tuberculose),
Células deficientes (torna-se necessário recorrer à aplicação directa).
Sobre a
Equinácea
A Equinácea
é impar no tratamento de três situações: Infecções uterinas anormais
(papanicolaou), estreptococos na garganta e os muitos recentes surtos de gripes
e constipações. É excepcionalmente útil noutras situações: como aditivo para os
antibióticos em pó e em unguentos para uso externo em queimaduras, feridas e
infecções da pele; como loção para mordeduras e picadas venenosas.
Infecções
uterinas anormais: A equinácea pode corrigir facilmente uma displasia até ao estádio
três. Quando entra em contacto com células que revelem características anormais,
estas tendem a voltar ao normal relativamente depressa, desde que o tratamento
decorra de forma rigorosa e consistente. Para esta situação concreta, nunca
conheci nenhuma outra erva que apresentasse tão bons resultados.
Estreptococos
da garganta: O contacto directo com o tecido do fundo da garganta de uma
tintura de equinácea, misturada com a saliva, é um remédio certo para os estreptococos
na garganta. A equinácea estimula activamente a saliva e adormece o tecido com
que entra em contacto; torna-se ideal para esta situação ou face a qualquer
outra infecção que provoque irritação ou inchaço na garganta. A sua aplicação
torna-se eficaz se, mais uma vez, o tratamento for prosseguido de modo rigoroso
e consistente. Em muitos dos casos em que se aplicou esta solução (incluindo um
que envolveu um médico céptico) a garganta apresentava uma verdadeira cultura
de estreptococos; geralmente, a cura dá-se no espaço de 24 horas.
Início
de constipações e gripes: A equinácea deve ser usada logo no início de uma
constipação ou gripe, quando se sente o primeiríssimo arrepio no corpo que
assinala a aproximação dos sintomas. É nesta altura que se torna mais eficaz,
mas, para alcançar resultados, deve ser tomada com frequência e em largas
doses. Quando é tomada depois do aparecimento de todos os sintomas, verifiquei
(em mais de dez anos de experiência clinica) que a equinácea não é eficaz,
independentemente da sua provada capacidade para aumentar o número de glóbulos brancos
no sangue. Normalmente, um tratamento agressivo nesta ponta da infecção
resultará no impedimento da completa instalação tanto de constipações como da gripe,
desde que o sistema imunitário se encontre relativamente saudável. Um sistema
imunitário fraco, passado pouco tempo, deixará de poder evitar a doença, apesar
de qualquer estímulo de que possa ser alvo (ver contra indicações).
Ferimentos externos: Devido à sua capacidade de
corrigir as anormalidades dos tecidos, a equinácea é perfeita para esta aplicação;
a experiência clinica a nível mundial revelou a sua eficácia nesta área. Quando
aplicada em ferimentos externos, exerce um importante papel anti-inflamatório,
antibacteriano e de normalização das células.
Picadas e mordeduras venenosas: É longa a história do sucesso da
equinácea quando aplicada em picadas e mordeduras venenosas, desde as abelhas
às de cobras cascavel ou escorpiões.
Infecções
graves do sangue, (bacteremia): Apesar de não conhecer nenhum clinico moderno
que tenha recorrido à equinácea para tratamento deste tão grave problema de
saúde, médicos mais eclécticos e médicos botânicos que exerciam no início do
século XX, usaram-na para este fim e, aparentemente, terão obtido êxito. A sua
provada capacidade para estimular o número de glóbulos brancos do sangue parece
incentivar o seu emprego em doses maciças neste estado de saúde.
Preparação e dosagem
A equinácea
pode ser usada como tintura, chá, em pó, emplastros ou supositórios. Para fazer
uma tintura, use flores frescas de equinácea purpúrea, uma parte de equinácea para
cada duas de álcool a 95% (para a raiz seca da equinácea angustifólia, use 1
parte de equinácea para cada 5 partes de álcool a 70%.
Usos internos:
Dores de garganta: Uma pipeta cheia (30 gotas) de
tintura com a frequência desejada, não menos que uma vez por hora e até os
sintomas cessarem. Misture com a saliva e deixe escorrer lentamente sobre a
área afectada ao longo da garganta.
Usos externos:
Picadas e mordeduras venenosas: Misture tintura de álcool em
partes iguais de água e, lave abundantemente a área afectada durante 30
minutos.
Efeitos secundários e
contra indicações
A equinácea
é um estimulante. Em situações de exaustão da imunidade, poderá entravar o
descanso necessário ou um estilo de vida mais saudável, o que poderá ter como
resultado uma doença mais grave do que, por exemplo, se a constipação original
tivesse podido progredir. A equinácea não deve ser usada se estiver a ficar
muito enjoado e se a ela recorrer apenas para fins preventivos. Ainda
raramente, após a toma de grandes doses durante períodos prolongados, poderão
surgir dores nas articulações.
Fonte:
Stephen Harrod Buhner
José Cariano
Geobiologo
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